05 abril, 2017

I sit and sew (Alice Dunbar-Nelson)


I sit and sew—a useless task it seems,
My hands grown tired, my head weighed down with dreams—
The panoply of war, the martial tread of men,
Grim-faced, stern-eyed, gazing beyond the ken
Of lesser souls, whose eyes have not seen Death,
Nor learned to hold their lives but as a breath—
But—I must sit and sew.

I sit and sew—my heart aches with desire—
That pageant terrible, that fiercely pouring fire
On wasted fields, and writhing grotesque things
Once men. My soul in pity flings
Appealing cries, yearning only to go
There in that holocaust of hell, those fields of woe—
But—I must sit and sew.

The little useless seam, the idle patch;
Why dream I here beneath my homely thatch,
When there they lie in sodden mud and rain,
Pitifully calling me, the quick ones and the slain?
You need me, Christ! It is no roseate dream
That beckons me—this pretty futile seam,
It stifles me—God, must I sit and sew?

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Sento a coser

Sento a coser -- tarefa à toa? talvez seja...
Cansam-se mãos, sonhar faz pesar-me a cabeça --
A panóplia da guerra, a marcha marcial
De rudes rostos, frios olhares sem igual
Entre as almas-padrão, que a Morte não têm visto
Nem a vida suster sabem, mais que um suspiro --
Mas -- é mister sentar, coser.

Sento a coser -- o peito ardente de desejos --
Aquele show atroz, chamas ferais, lampejos,
Em campos ermos; vis e sinuosas cousas --
Homens outrora. Alma apiedada, ousas
Aos prantos apelar, em ânsias de partir,
Ir lá, fero holocausto, aos campos de carpir --
Mas -- é mister sentar, coser.

A parca e vã costura, esta estática emenda;
Por que sonhar aqui, na familiar fazenda,
Quando lá longe, em lodo e pluviôse, os vivos
E os mortos a clamar por mim clamor penível?
Ó Cristo, eu sou precisa! É sonho de candura
Que me acena? Não... -- futilíssima costura,
Sufocas-me -- Deus! é mister sentar, coser?

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