Vede! Pois vede! estas almas passando:
Vão-se em filas, como se militares,
Testas baixas, em vão,
passam rezando
- Sôfregas preces que
pairam nos ares.
Vede! Pois vede! estas almas
dançando,
Bailando junto à
Praça do Translado:
As mãos atadas, as
faces suando,
Rege-as, perene, a batuta do Fado.
Ah! Ri-se delas - patife tirano!
Exauri-las-á seu
ritmo insano...
Eterno crescendo! - entoa seu hino.
E eis, de repente, desperto assustado
- Será possível chegar d'Outro Lado
Sem render-se à ciranda do Destino?
Nenhum comentário:
Postar um comentário