"Foudroye moy de grace ainsi que Capanée
O père Jupiter, et de ton feu cruel
Esteins-moy l'autre feu qu'Amour continuel
Toujours m'allume d'une flame obstinée."
Pierre de Ronsard
Sucumbi ao gerundivo do teu nome. É seu ar de profecia que, sem imperar, cativa-me: escravo do futuro, um futuro obligato -- o teu, mas não o meu. Sonhos de colunas feias, pintadas; quadros toscos em paredes multi-cores; um mau-gosto geral que não tem contigo -- a mesma velha Roma decadente (sempre, sempre!) me persegue. E, desta vez, lembra-me não ter lido A arte de amar, de Ovídio: o meu latim não gasta. Pesadelos, fracassos de amor. Mas meu latim bastara, não sei laudar ou maldizer por que, para teu nome e o que ele diz, que me desmonta e esmaga: e faz do Victor, de mim, o vencedor, deleaturus.
São Paulo, Novembro de 2016
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