Blog criado para documentar, divulgar e estimular minha produção artística, assim como, a partir das críticas de vocês, leitores, refletir sobre esta produção, com o intuito de refiná-la cada vez mais.
28 novembro, 2017
After Death (Christina Rossetti)
The curtains were half drawn, the floor was swept
And strewn with rushes, rosemary and may
Lay thick upon the bed on which I lay,
Where through the lattice ivy-shadows crept.
He leaned above me, thinking that I slept
And could not hear him; but I heard him say,
‘Poor child, poor child’: and as he turned away
Came a deep silence, and I knew he wept.
He did not touch the shroud, or raise the fold
That hid my face, or take my hand in his,
Or ruffle the smooth pillows for my head:
He did not love me living; but once dead
He pitied me; and very sweet it is
To know he still is warm though I am cold.
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Post mortem
Cortinas entreabertas, chão varrido
de urgência, atapetado; sobre o leito,
deitam-se a flor e o aroma, onde eu me deito;
tremem, na gelosia, heras-indício.
Curvou-se sobre mim e, convencido
do sono e da surdez, eu escutei-o:
"Ó dó, ó dó", segredo; e sobreveio
Silêncio fundo: o pranto invadira-o.
Não fez tocar sudário, ou ver-me o rosto
atrás do véu, ou pôr-me as mãos nas suas,
ou sob a nuca abaular-me o coxim;
Não fez amar-me viva; mas, no fim,
apiedou-se; e a mais doce doçura
é vê-lo corpo morno e eu corpo morto.
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