22 abril, 2018

Castigo a dois

a H. C.

"L'amour s'en va comme cette eau courante
L'amour s'en va
Comme la vie est lente
Et comme l'Espérance est violente"
Guillaume Apollinaire

Sigo a juntar-me os pedaços, sem, porém, nunca chegar a remontar-me. Sofro golpes duros se aproximo. Quase lá, você diz "A" ou "B" -- eu esfacelo. E a sensação de sempre-perto, sempre-quase.
Eu nunca imaginei-me um amor-Sísifo, mas também nem nunca a vi ser pedra: de suas mãos ao embalo, sou eu, sobre a montanha... sou eu quem vai rolando eternamente.


São Paulo, Abril de 2018

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