Blog criado para documentar, divulgar e estimular minha produção artística, assim como, a partir das críticas de vocês, leitores, refletir sobre esta produção, com o intuito de refiná-la cada vez mais.
07 maio, 2018
The Wild Swans at Coole (William B. Yeats)
The trees are in their autumn beauty,
The woodland paths are dry,
Under the October twilight the water
Mirrors a still sky;
Upon the brimming water among the stones
Are nine-and-fifty swans.
The nineteenth autumn has come upon me
Since I first made my count;
I saw, before I had well finished,
All suddenly mount
And scatter wheeling in great broken rings
Upon their clamorous wings.
I have looked upon those brilliant creatures,
And now my heart is sore.
All's changed since I, hearing at twilight,
The first time on this shore,
The bell-beat of their wings above my head,
Trod with a lighter tread.
Unwearied still, lover by lover,
They paddle in the cold
Companionable streams or climb the air;
Their hearts have not grown old;
Passion or conquest, wander where they will,
Attend upon them still.
But now they drift on the still water,
Mysterious, beautiful;
Among what rushes will they build,
By what lake's edge or pool
Delight men's eyes when I awake some day
To find they have flown away?
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Cisnes selvagens em Coole
A beleza do outono vai nas árvores;
no bosque, as trilhas estão secas;
sob o crepúsculo de Outubro, as águas
o firmamento inane espelham;
perto às pedras das margens, que as águas transgridem,
nadam cinquenta e nove cisnes.
Sobreveio o décimo-nono outono
desde as minhas primeiras contas;
e eu os contava ainda, quando ao vôo
-- eu vi-os -- de repente montam,
e esparramam-se acima em grãos anéis quebrados,
ao som dos clamores alados.
Ter visto estas brilhantes criaturas
abriu-me no peito uma chaga.
Tudo é outro, distante dos crepúsculos
em que eu -- ouvindo o bate-estaca
das asas sobre mim pelas primeiras vezes --
trotava sem tantos tropeços.
Amante segue amante, sem pesares,
ora nadando na corrente
afável, fria, ora escalando os ares;
seus corações não envelhecem;
paixão, conquista, aonde ousem-lhes ir as asas,
lá, elas ainda os aguardam.
E agora pairam sobre a água parada,
tão misteriosos e belos;
junto a quais juncos hão de achar morada,
em quais lagoas hão de vê-los
os outros, com prazer, caso eu acorde um dia
e veja que, a voar, fugiram?
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